sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL

A Estrela de Natal

Há muitos e muitos anos atrás, em uma cidade muito pequena, vivia uma família muito humilde, mas que sempre soube dar uma educação muito boa para seu casal de filhos: João e Elisa, com 12 e 10 anos.

O Natal se aproximava e o padre da cidade, com a colaboração de alguns membros da comunidade, resolveram montar um presépio em frente à Igreja.

Levaram muito tempo, pois as figuras tinham quase o tamanho natural. Toda a cidade estava muito animada e curiosa para ver o Presépio e participar da bênção que o padre iria dar.

Escolheram a data de 6 de Dezembro para homenagear o Dia de São Nicolau ou a chegada de Papai Noel. Data que é utilizada até os dias de hoje para se montar a árvore de Natal.

No dia da comemoração, João e Elisa se atrasaram e sairam sozinhos de casa. Correram e correram muito. Quando estavam próximos à Igreja, viram um velhinho andando com muita dificuldade, apoiado em sua bengala. Ao se aproximarem ele disse:

- Sou muito velho, e estou perdido, vocês podem me ajudar a chegar até a minha casa ? Eu moro na Rua da Esperança, número 888.

As crianças sabiam que, se ajudassem o velhinho, não conseguiriam ver a tão desejada bênção do padre.

- Elisa, é mais importante ajudar esse pobre velhinho, pois não podemos deixá-lo sozinho. - disse João.

Elisa, com lágrimas nos olhos, baixou a cabeça e concordou. Caminharam os dois levando o velhinho até a sua casa. Lá chegando ele agradeceu e disse:

- Muito obrigado, crianças. Vocês sabiam que no dia de São Nicolau, acontecem muitas coisas mágicas para aqueles que foram bons durante o ano?

Elisa muito envergonhada, disse:

- Nós fomos bons, mas fizemos algumas travessuras.

O velho, comovido, olhou para os olhos dos dois e disse:

- Corram até o presépio para a bênção, pois ainda há tempo.

Os dois se despediram e correram até a praça, mas não havia mais ninguém, só encontraram o presépio que realmente estava muito bonito. A noite estava silenciosa e apenas as estrelas os observavam, cintilando no céu.

Todos tinham trazido presentes e flores para enfeitar o presépio. Tudo estava muito bonito. Como eram pobres e não tinham nada para dar, colheram algumas ervas-daninhas que cresciam por entre as pedras do chão e as colocaram na manjedoura, com muita devoção, ao redor do Menino Jesus.

Nesse momento, perceberam que alguém se aproximava e olharam para trás. Ficaram surpresos ao ver o velho caminhando na direção deles, sem o apoio da bengala. A cada passo que ele dava, o chão se iluminava com um azul brilhante, formando uma trilha de passos azuis. As crianças ficaram olhando, e sentiam em seus corações uma alegria sem fim.

O velho disse:

- Vocês são crianças muito especiais. Todos os anos eu tenho a esperança de ainda encontrar sentimentos puros nos corações dos filhos de Deus. E vejo que ainda existe esperança. Coloquem sua mão esquerda no coração e com a direita toquem essas ervas daninhas que trouxeram como oferenda para o Filho de Deus. As crianças obedeceram e, ao tocarem nas ervas-daninhas, uma luz começou a brilhar e aos poucos foi transformando-as em uma planta muito especial com folhas vermelhas, conhecida e usada nos dias de hoje como a Estrela de Natal ou Poinsettia.

O velho se aproximou das crianças e disse:

- Vocês são um exemplo de bondade e já são abençoadas, nunca se esqueçam desse dia.

João, muito curioso, pergunta:

- Ainda não sabemos o seu nome.

O velhinho ficou uns instantes em silêncio, e disse:

- Podem me chamar de Nicolau.

Nesse momento, o bom velhinho tirou do bolso duas bengalinhas brancas de açúcar com listas vermelhas e deu uma para João e outra para Elisa. Enquanto as crianças olhavam o presente com muita emoção, não viram o velhinho se afastar.

Quando perceberam estavam novamente sozinhos, mas quando olharam melhor, ficaram surpresos ao ver que o velhinho era uma das figuras do presépio que nesse momento sorria para eles.

Já era tarde, e João e Elisa, correram para casa, ansiosos para contar a seus pais o que tinha acontecido.

(R. Aubim)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

amar ...

“ Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver ”

Margarida Rebelo Pinto

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

Fernando Pessoa

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

amar é ...

Amar!
É quando não dá mais prá disfarçar
Tudo muda de valor
Tudo faz lembrar você
Amar!
É a lua ser a luz do seu olhar
Luz que debruçou em mim
Prata que caiu no mar

Suspirar sem perceber
Respirar o ar que é você
Acordar sorrindo
Ter o dia todo prá te ver

O amor é um furacão
Surge no coração
Sem ter licença prá entrar
Tempestade de desejos
Um eclipse no final de um beijo
O amor é estação
É inverno, é verão
É como um raio de sol
Que aquece e tira o medo
De enfrentar os riscos
Se entregar...

Amar!
É envelhecer querendo te abraçar
Dedilhar num violão
A canção prá te ninar

(ROUPA NOVA)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

fiéis ao que somos!

As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu ... assim devemos ser todo o dia, mutantes, porém, leais com o que pensamos e sonhamos!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

a espera ...



“ Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera ”

Margarida Rebelo Pinto in 'diário da tua ausência'