quarta-feira, 26 de agosto de 2009

‘Seja como a fonte que transborda e não como o tanque que contém sempre a mesma água’

Há pessoas que têm tudo na vida para serem felizes e não o são. Há outras que conseguem sê-lo com "pequenos nadas". E outras ainda há que levam vida de vegetais, que nem sabem porque razão estão vivos ou o que querem fazer da vida. Uma coisa, no entanto, é comum a todos estes "tipos" de pessoas - estão vivas! Daí a multiplicidade de sentimentos e de pensamentos em cada uma delas. A vida de cada um tem um significado e tem um sentido próprio que se constrói lutando pelo que se quer. Mas primeiro que tudo isso, é preciso saber pelo que se quer lutar, e o que acontece frequentemente é não se saber isso nem ter vontade de querer sabê-lo. "Verónika decide morrer" deixa-nos a pensar no assunto. Talvez por isso mesmo (por se poder verificar que cada vez mais pessoas tomam a iniciativa de Verónika) nos conduza a uma espécie de melancolia que nos acompanha em quase toda a leitura. Apesar disso há uma mensagem positiva. Resumidamente, a história baseia-se numa rapariga, chamada Verónika, que decide pôr termo à vida porque acha que a vida dela é sem sentido, sem côr e sem os vários prazeres que nos conduzem àquilo a que todos chamam de Felicidade. E ela só vai descobrir que a vida tem tantos prazeres quantos os que quisermos descobrir, quando se apercebe que o tempo não volta para trás e que agora é curto. Irremediavelmente curto. A maior parte das vezes, só quando perdemos ou estamos prestes a perder algo ou alguém (a própria vida, quem sabe) é que nos damos conta do VALOR e da importância que isso tem para nós. O facto de nos fazer reflectir um pouco já é o suficiente para o recomendar. "Veronika percebe que cada minuto da existência é uma opção que fazemos entre viver e desistir." E agora cabe a cada um de nós optar.

livro extraordinário que nos ensina a viver ... ;-)

1 comentário:

Nuno Béco disse...

A vida é uma doença mental! E todos conhecem a cura deste mal. Se todos tivessem a sua consciência, que maravilhosa era esta demência.